quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

MEU DIÁRIO - INFÂNCIA


Minha infância foi muito boa e tranquila, diferente de tantas que são marcadas por assédios, violência, tristeza. Lembro que brincava e me divertia pacas! A única coisa diferente que me lembro da minha infância, está relacionado a uma vizinha, que era uns 6 anos mais velha que eu, ela devia ter uns 9 a 10 anos e eu uns 3 a 4. Lembro que ela tirou minha cueca, e também a calcinha dela, e ficou manipulando meu pênis, porém, coisa muito rápida e não lembro de maiores detalhes, pois eu era muito pequeno. Não me causa nada falar desse fato, porém, foi uma coisa que ficou na minha memória. Na escola, lembro que brincava com todos, meninos e meninas, sem problemas e "bullyings", na verdade, nem existia esse termo naquela época..rs..

Ainda nesse período, acredito que por volta da Primeira série, após a pré-alfabetização, lembro de uma colega, um guria com algum disturbio mental leve, mas que ficava sempre à parte e tinha alguns comportamentos estranhos, como o de comer meleca do nariz. Interessantemente ali já havia "guetos" formados: as patricinhas, os arteiros; os mauricinhos e etc, e essa guria sempre a parte de tudo, tentava se envolver, mas ninguém dava muita moral. Em determinado dia, essa guria foi com um vestidinho e na hora do lanche, ela sentou encosta da na parede para lanchar e o meu grupinho ficou observando ela de frente, mas do outro lado do pátio (que nao era grande), e ela estava sem calcinha. Eles comentavam e riam entre eles (e eu ao lado deles) de forma bem maldosa, embora com nenhuma denotação sexual. Aquilo me deixou mal, fiquei triste por eles estarem fazendo aquilo com ela.

Os anos foram passando e eu crescendo com minhas namoradinhas na maior inocência. Lembro até hoje do nome da minha primeira namoradinha que dançou comigo a quadrilha da escola..rs..Meu pai foi muito ausente parte da minha infância e parte da minha adolescência, pois ele viajava muito a trabalho. E obvio, que embora minha mae entendesse, ficava triste com as viagens dele, ficar só cuidando de mim e dos meus irmaos. Eu sou o "caçula" da minha casa. Na minha cabeça, se eu fosse dormir no quarto dela, ela não ficaria triste com a viagem do meu pai. Toda vez que ele viajava eu ia para o quarto dela fazer companhia, puxando meu colchaozinho. Lembro de gostar das roupas da minha mãe, de brincar com o sapato alto dela (calçar e ir pisando fazendo toc toc toc toc..rs..). Achava o batom legal e as vezes brincava de pintar a boca e coisas que muitos já devem ter feito. Eu era MUITO arteiro! botei fogo na cama dos meus pais sem querer, cai de cabeça no meio fio de uma arvore que subi, enfim, daí dá para tirar o pestinha que eu fui né!? rs... ah, também brincava de carrinho e futebol, esportes de homem né, porém, também achava legal brincar de casinha e boneca com as garotinhas (isso mais novo na infância,  partindo da informação que a infância termina aos 12 anos, segundo o estatuto da criança e da adolescência do Brasil).

Desde pequeno sonhava em ter família, filhos, esposa e etc, e ao longo da minha trajetória, esse desejo nunca sumiu, as vezes diminuía, mas sumir, nunca....


Não fui uma criança cheia de traumas, embora eu saiba que existam muitas, inclusive, talvez você que esteja lendo, tenha sofrido violência física, sexual, psicológica e etc. Caso seja esse o caso, eu lamento muito! Sei que não é fácil, mas você consegue superar! É como diz uma velha amiga, o passado passou, e lá no passado deve ficar!


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