sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

COMO AS COISAS SE DESENROLARAM ENTÃO...

Quando entrei na faculdade, estava solteiro, porém vivendo como o velho ditado "solteiro sim, sozinho nunca". Toda semana praticamente eu ia para o batepapo virtual, e lá encontrava algum parceiro para encontros rápidos e sem maiores afetos. Era até estranho como era "sexual" e sem envolvimento. Nessa altura do campeonato, eu já nem fazia muita questão de conquistas garotas, afinal, era tão mais fácil com garotos, era só marcar pela net, mandar uma foto ou abrir a cam e mostrar o corpo e marcar o local. No segundo ano de faculdade, conheci pela internet, um cara mais velho, bem interessante, que tinha um histórico denso com as mulheres, estilo pegador geral de micaretas. E com esse cara desenvolvi um relacionamento longo, quase um casamento. Com ele conheci gnrade parte do mundo gay. A "level", para quem não conheceu, precedeu a boate gay The Week em SP, depois veio a The week, onde também sempre ia,  as festas X-dement e bitch, no RJ dentre vários outros points.

Caraca, as músicas dessas festas eram iradas, para quem gosta, como eu, era muito top, porém, com essas festas e "novos amigos" que íamos fazendo pelas baladas a fora, também íamos conhecendo os "aditivos", que eram usados: as drogas. Graças a Deus ponderei muito e só fiz uso de algumas drogas um pouco mais tranquilas como ecstasy, key e parecidos, porém, a galera usava muita coisa, pó entre outras. Nessas festas, ao longo do tempo, as pessoas iam se transformando, e a coisa sempre esquentava nas festas, não comigo pois estava sempre acompanhado, mas os hormonios ficavam a todo vapor, e eu via de tudo rolando nessas festas, literalmente tudo.

Era até engraçado, por exemplo, um casal, que estava juntos, que pelo menos um estava flertando com outro..rs.. e quando não os 2 flertando visando sexo a 3 ou grupal. Isso era muito comum e escancarado (não estou julgando se certo ou nao, só estou comentando o que via).

Sempre nas boates tinha um quarto escuro, conhecido como darkroom, onde as pessoas iam para transar. Local perigoso, pois sexo rolava ali muito comumente sem camisinha. Conhecemos certa vez um guri que falou que adorava darkroom, e nos contou que seus amigos também, e transavam ali sem camisinha. Lembro também de uma festa chamada THE GIFT, onde o objetivo era a transa "bareback" ou "bare", que representa sem camisinha, onde portadores de HIV transavam com não portadores, visando transmissão do "gift" ou "presente" em ingles. Louco não!?

Conheci gente de todo tipo, porém, amizade mesmo foram pouquíssimas! Sem diferença nenhuma para o mundo hétero, aliás, as únicas coisas que achei muito mais aguçadas no mundo gay, foram os interesseiros e fura olhos..rs.. Aff, Como encontramos aproveitadores e interesseiros nessa jornada.

Após longos anos namorando, e já pensando em evoluir no relacionamento, descobri que era traído desde o início do relacionamento (meu relacionamento durou de 3 a 4 anos). Fiquei chateado, mas coloquei um ponto final.

Finalizando esse período de comprometimento, pelo menos da minha parte hehehe caí na "margaça" vulgo "farra"... viagens, festas, pegações, e etc. Comecei a ter um vicio sexual insaciável! Era um macho quase todo dia. Eu dividia meus pensamentos: 50% era sexo, e os outros 50% dividia entre trabalho, estudos, familia e etc. Respirava e exalava sexo, nesse época só me interessava por homens. Parece até que era uma competição comigo mesmo. Eu queria os melhores, os mais dotados, os mais bundudos, enfim, o comum não era troféu para mim. Comecei a evoluir para putarias mais densas, com 2, 3, 4 homens juntos. Nessa época, começaram a lançar os programas virtuais de encontros gays, onde você se cadastrava, pagava lá um valor, colocava a foto, construia um perfil e pela internet as pessoas iam deixando comentários e marcávamos ou não encontros, putz, ali comecei a piorar. Já não tinha mais sossego, pois eu queria sexo toda hora. Lembro que as viagens que fazia, independente com quem, eu tinha que dar um jeito de ir aprontar. Quando ia para praia, e ficava sem local, marcava na praia mesmo a noite, ou no mato, ou na carro, não me importava, eu queria era aprontar.

Até aqui, acredito que era parecido com muitos, pois vários conhecidos tinham comportamentos iguais aos meus. Perdia muito tempo na caça de machos para sexo. Acho que eu era pior que a bruna surfistinha, a única diferença é que eu não cobrava...rs...

Tentei me relacionar ainda com algumas pessoas, mas os relacionamentos não iam muito para frente.

Desenvolvi "desejos" perigosos, como sexo em locais públicos (hoje ainda tenho medo de ter sido gravado em uma dessas aventuras, pois eu mesmo já gravei algumas escondidas, sei que é errado, porém, eu já fiz isso... e acreditem, os meus parceiros NUNCA desconfiaram, cheguei a fazer vídeos escondidos até dentro do motel com celulares com câmeras: atletas, casados, gente famosa como cantores e atores, pessoas influentes, enfim, gravei um tanto considerável, por isso quase nunca eu ia ao encontro de alguém, ou era no meu local ou era em local publico, pois realmente, essa prática de gravar é fácil e perigosa para quem precisa de sigilo). E como esse desejo citado, outros vieram, como o de sair com indivíduos mega dotados, parece que queria sair literalmente machucado, antes de encontrar era desejo, durante o encontro, parecia que eu queria era ser punido, agredido, estuprado, porra, nem sei que loucura era essa, muitíssimo estranho. Diversas vezes tive lesões na região retal, em função desses parceiros avantajados. Muitas vezes fui obrigado a ir a colo-proctologistas para algum procedimento. Caraca, isso não era saudável! Certa vez fui proibido de fazer passivo por uns 5 meses em função de uma dessas lesões (machuado profundo). Mas mesmo assim, nada me saciava, cheguei a transar com 4 pessoas diferentes no transcorrer de um dia, ejaculando em todas os encontros, e mesmo assim não ficava saciado. Eram pênis cada vez maiores e também não me saciava. Então, de maneira muito perigosa, comecei a ficar atraído por sexo sem proteção. LOUCO! acho que essa era a definição que me daria nessa fase.

Comecei deixando encostar o pênis sem camisinha em mim e nas minhas partes intimas; tempos depois, e com outras pessoas (a fila andava MUITO rápido como já expliquei, era todo dia um "prato" novo) deixava penetrar sem camisinha, tempos depois e já com outros, deixava penetrar e movimentar algum tempo, para depois por a camisinha. Enfim, uma loucura desmedida. Como a cabeça da gente pode ser perigosa né!? deixar nos expor a riscos como esses que me submeti VOLUNTARIAMENTE...  E quanta sorte eu tive de não ter contraído nada, pois vivi situações claramente perigosas)... Uma dessas situações perigosas que me marcou, foi com um cara em SP, que conheci em um programinha de celular de encontro gay, que mostra a distância que a pessoa está de você. Marcamos e esse cara foi para onde eu estava, e o cara tinha o perfil que eu "desejava" em tudo. Durante o sexo oral dele em mim, tive um pressentimento, e quando olhei, a boca dele estava sangrando, logo lavamos, e foi muito complicado a desconfortável a situação. Não posso afirmar, mas parece que o cara estava querendo me sacanear... Fora outras vezes que percebi que o cara tinha alguma doença visível (pelo menos nesses casos eu broxava e mudava a tática... AINDA BEM)!

Até que um dia eu conheci um advogado, cara educadissimo, inteligente, bonito, sarado, bem sucedido e SUPER SEDUTOR E CHARMOSO. Em geral, eu queria era quantidade, e estava pouco me lixando para o conjunto de qualidades dele. Eu era terrível, até ator global eu peguei hehehe No entanto, e não sei por que, aceitei o convite dele de sair de novo, e de novo, e aí meu caro(a), fiquei vidrado no mulekão lá... e sexo sem camisinha rolava até a ejaculação. Nessa época surtei com tudo, a preocupação de estar doente e ter passado para ele, e muitas outras preocupações. Fiz exame e deu negativo para HIV.  Mesmo estando com ele, e transando sem camisinha, e após ter feito exame e ter dado negativo, ainda me aventurei a sair com um ninfeto de 18 anos, eu ja era bem mais velho que ele. Ele era tão inexperiente, e eu acabei transando com esse muleque de cara sem camisinha, ele não ejaculou. Isso na minha cabeça deu um nó. Eu com o advogado,. transando sem caminha, e encontrando gente da internet, e transando sem camisinha... Nossa, como fiquei mal, e acho que pelo excesso de pensamentos do momento, e também das insatisfações que eu tinha com o mundo homossexual, de querer ter mulher, filho, poder sair e namorar de mãos dadas sem ninguém para encher o saco e ficar discriminando, eu caí em uma depressão lascada. A MAIOR CRISE QUE JÁ TIVE NA VIDA...



6 comentários:

  1. Desse jeito: "Acho que eu era pior que a bruna surfistinha, a única diferença é que eu não cobrava...rs..."

    Cara... que punk! É assustador esse texto.

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  2. Incrível como as nossas histórias e de outros como nós são semelhantes, as mesmas neuroses, burrices, irresponsabilidades e muitas vezes mesmo tendo consciência dos riscos agíamos como cegos.

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  3. Se se sente melhor assim! Mostra que tem atidute
    Bom, me relacionei muito tempo com um homem. Combinávamos tanto que parecíamos irmãos. Eu o excitava só de chegar perto dele no nosso trabalho e no carro dele. Ele sempre ficava com "pau duro". Depois de muito tempo fizemos sexo oral um no outro (e achei estranho pq ele não se programou pra levar camisinha). Outra vez aconteceu novamente de estarmos sozinhos e ele não levou camisinha. Ele gostava muito de receber sexo oral e só receber. Com o tempo fui percebendo que eu o excitava muito, mas fazia estimulações que um homem faria em outro. Já estava estranhando as atitudes. Eu morava sozinha e ele dizia que não iria na minha casa por respeito por eu estar sozinha (muito estranho!!) Eu cheguei a perguntar se ele era gay, dizia que não!! (obvio). Sei que tempo se passou e tivemos a nossa primeira vez. Não foi bom, sem atitude. E na hora da penetração ele ficou com a cabeça pendurada para baixo como se não quisesse ver a penetração acontecer. E sem mais nem menos depois de pouco tempo se levantou e foi tomar banho vestiu-se e ficou quietinho. Eu me senti muito mal pq não senti nada e de olhar pra cara dele que parecia se sentir invadido. Isso aconteceu numa viagem. Fiz como se nada estivesse acontecido no dia seguinte, passado uns dois meses resolvi me mudar e esquecê-lo porque eu já tinha sofrido bastante por ele e no meu coração tinha a certeza de que ele é gay sim só não conta pra ninguém.
    A família é muito conservadora e tem sempre aquele medo da mãe que é muito conservadora e preconceituosa e já tinha passado há pouco tempo a experiência de ter consolado uma amiga que descobriu q o filho é gay. Imagino o que não foi dito naquela casa sobre o homossexualismo.
    Eu hj preferi não manter mais contato com ele pq só iria me fazer mal saber do desfecho desta estória.

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  4. Por favor me passe o contato da sua terapeuta, pois tenho muita dificuldade em encontrar psicólogos que quera tratar o assunto como algo tratavel

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  5. Por favor me passe o contato da sua terapeuta, pois tenho muita dificuldade em encontrar psicólogos que quera tratar o assunto como algo tratavel

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  6. O blog citado pelo autor mudou para WWW.OSEXGAYS.COM

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