sábado, 10 de janeiro de 2015

COMO FOI MEU PASSO-A-PASSO PARA DEIXAR DE SER GAY

Como já venho contando minha história, vejam que havia muitos problemas (isso por que estou sendo objetivo e não estou contando TUDO,  para nao ficar uma leitura chata)...  Conhecer tudo isso foi importante e sugiro que você não deixe de ver os blogs que eu sugeri em postagens anteriores, e não deixe de ler o livro do Cohen...

Veja abaixo alguns dos vídeos dele falando... No passado ele sofria preconceito por ser gay, atualmente o  coitado é vítima de preconceito por ter deixado de ser gay, inclusive sofre ameaças... Tu vai ver que você também se decepcionará com muitos de seus "amigos" gays, pois poucos acreditarão e te darão forças! Eu tive que me afastar de quase todos, pois na cabeça deles só o ruim pode acontecer. Veja abaixo:



Ele era gay, e sofreu a vida inteira tentando sair da homossexualidade, e depois da bissexualidade (ele não migrou para heterossexualidade direto). Ao longo dos anos ele estudou e se formou, se transformando em um terapeuta com foco em homossexualidade. Segui MUITAS dicas que ele sugere no livro, só não abri mão de uma delas: ME afastar de TODOS os gays que eu conhecia. Embora tivesse conhecido poucas pessoas que valessem a pena, fiz alguns poucos amigos de verdade, que levarei pela minha vida inteira, e disso nao abri mão. Mas daqueles negativos, invejosos, mal amados, me desliguei totalmente. O livro dá muitas dicas e nos faz analisar, então não deixe de ler.

HAVERÁ CONTINUAÇÃO...

DESCOBERTAS PSICOLÓGICAS: A ORIGEM DA HOMOSSEXUALIDADE?



Descobri tantas coisas nas sessões de psicologia, e muitas delas foram ali trabalhadas. Coisas as vezes bobas, que me machucaram e ficaram ali instaladas até então... Vou apenas comentar rapidamente elas, para não ser chato e detalhista de mais

Eu era muito feio na adolescência, e isso me causou fortes traumas, pois muitas coisas aconteciam, ficava excluido dos elogios.

Eu tinha dó da minha mãe pela ausência do meu pai. E isso me deixava com uma sensação estranha, tipo, meu pai faz isso com minha mãe que é uma heroina, se meu pai é esse homem maldoso, eu não quero ser homem.

Não tive a figura do pai na adolescência, e isso foi péssimo, pois aprendia a resolver com minha mãe.

Eu era frutado por ser chamado de viadinho na escola; e tiveram outras coisas a mais que também descobri e cuidei.

Eu era delicado com as pessoas e com um bom gosto absurdamente feminino (na minha cabeça), essa parte foi interessante, pois a psicologa trabalhou isso de uma maneira muito massa. E ela jogou para mim: Você é mais delicado com as pessoas e tem bom gosto, correto? Eu disse, Sim. E ela comentou, mulheres adoram essas caracteristicas, pois você poderá entende-las melhor do que um  BRUTAMONTE..rs.. E de fato ela tinha razão, algumas caracteristicas que pensava ser femininas, me colocaram no topo, pois de fato, mulher gosta de ser ouvida, gosta de ter alguém bem vestido por perto; enfim, NÃO EXISTE PADRÃO MASCULINO REAL, PADRÃO CADA SOCIEDADE CONSTRÓI O SEU. Por que o ditado: HOMEM BONITO, INTELIGENTE, E ATENCIOSO SÓ PODE SER VIADO é verdade? Por que foi um padrão inventado pelas pessoas... Pode haver o homem bonito, inteligente, atencioso hetero, e tenha certeza, que a mulher será uma sortuda... NÃO EXISTEM CARACTERISTICAS QUE TE COLOQUEM POR BAIXO MEU CARO(A) AMIGO(A) VIRTUAL, não são essas características que te colocarão no grupo de homo ou heterossexuais, e sim, sua decisão sexual e pronto e acabou. Beleza é coisa de mulher e trabalho pesado para homem? Caso você ainda pense assim, você está beeeeemmmm atrasado..rs..  E graças a Deus entendi bem o recado e já tirei isso da minha cabeça...

 Descobrimos que eu tinha uma carência de uma figura masculina que faltou durante meu desenvolvimento na infancia e adolescência, e eu buscava em homens também isso, alguém para me proteger... era literalmente isso que sentia... Outra coisa louca que descobri e que ao longo do tempo das sessões, tive a prova concreta disso (não parei de transar com homens durante o processo... eu ainda não tinha força para parar), foi que por algum motivo, toda vez que eu me estressava muito, a minha válvula de escape era transar com  homens. Toda vez que eu me frustrava, parece que eu buscava um tipo de punição, e pelo perfil de homem que eu era atraído (geralmente mais másculos, brutos e dotados), sempre me machucavam. Muito louco, mas de fato, a cada frustração, o troféu da punição era me ferrar, literalmente...

Ah, só uma observação: Eu não consegui parar de transar com homens a partir do momento que decidi mudar não pessoal, demorou uns 3 meses e meio, mesmo por que já tinha MUITOOO tempo que eu não me relacionava com mulher, nem sabia como faria para isso acontecer de novo, e principalmente, nem me via na cama com uma, inclusive eu tinha até nojo de falar em sexo com mulher e coisas ligadas a isso. Mas tudo iria mudar...

PRIMEIRO PASSO: Como sair da depressão?



Após pesquisar, e ser indicado por vários amigos, procurei pela primeira vez um psiquiatra. Eu tinha um preconceito muito grande, pois achava que era coisa para gente DOIDA. E como foi importante no processo!

 Com base nos meus estudos em artigos científicos, sites e etc, vou informar de maneira geral sobre a depressão para que você entenda, de uma vez por todas que é um doença e precisa ser tratada!

A depressão é um transtorno mental que pode significar tanto um sintoma de vários distúrbios emocionais quanto uma doença mental. A psicopatologia (ciência que estuda os estados psíquicos patológicos) identifica a depressão por meio da verificação de três sintomas fundamentais:

1. Sofrimento moral – sintoma mais marcante da depressão, o paciente se considera muito inferior aos outros, sentindo-se incompetente, fraco, inútil, indigno e rejeitado.

2. Inibição psíquica – Fadiga, lerdeza, perda da capacidade de tomar decisões, lentidão psicomotora, desinteresse e comprometimento da consciência.

3. Estreitamento Vivencial/Anedonia – Significa incapacidade de sentir prazer. O paciente não consegue encontrar motivos para se animar.
Isso são "sintomas" no entanto, o processo depressivo gera uma alteração bioquimica e fisiológica, ou seja, não afeta penas seu psicológico, altera o funcionamento do teu corpo, visto que os níveis de neurotransmissores são alterados. Assim, não trata-se apenas do PSICOLÓGICO, como muitos pensam, e por isso, é necessário procurar um PSIQUIATRA, para que ele entre com a medicação correta, visando normalizar seus neurotransmissores relativos aos aspectos depressivos. É IMPORTANTE que não se interrompa o tratamento, pois isso pode piorar, gerando ainda mais desorganização dos seus neurotransmissores.
FOI O QUE EU FIZ. Procurei um psiquiatra, e nessa consulta, abri o jogo TOTAL com ele, disse tudo a respeito, o por que estava mal, disse que não queria mais ser gay, disse que queria ter familia, andar de maos dados com minha mulher sem medo de chacota, mas que todos diziam que era um caminho sem volta, e pedi esclarecimento profissional, e olha só o que ele disse:
"Wladmir" antigamente o homossexualismo era considerado doença, depois passou a ser entendido como um transtorno mental, porém, as comunidades GLBT tem sido muito incisivos em relação ao preconceito, e isso tem feito engolirmos a seco que ser homossexual é normal! 
Vi que ele ficou com muitos "dedos", pois estava havendo na época muita discussão sobre projetos de leis e acontecimentos relativos a homossexualidade. Então perguntei a opinião profissional e ponto de vista do mesmo, e ele me disse:
"Hoje não podemos falar mais nada, que é entendido como preconceito, mas o que eu acredito é que realmente o homossexualismo é um disturbio de comportamento que pode ser tratado, MAS NÃO É UMA DOENÇA"
Fiquei muito intrigado e pensativo com o que ele me disse, e realmente bateu com tudo que li a respeito na internet. Muitos países ainda entendem o homossexualismo como doença. Também não acho que seja doença, acho que seja uma alteração da sexual. Leia o livro do Cohen, que eu citei no post passado, e verás que nas terapias que ele fazia com gays, todos apresentavam algum trauma, inibição ou qualquer situação que deixava a pessoa fragilizada e que gerava a necessidade de procurar uma pessoa do mesmo sexo. (o livro é muito interessante, me identifiquei EM MUITOS MOMENTOS do livro).

Geralmente a psquiatria não trata a causa, a psicologia sim! Mas na minha adolescência, como já contei para vocês, tive uma grande decepção com uma Psicóloga, o que me deixou por muitos anos desacreditando, mas resolvi ir mais uma vez PESQUISAR sobre esses profissionais. E mais uma vez recorri a internet.

Procurei sobre tratamento de gays; Cura gay; e o diabo a quatro..rs.. encontrei coisas absurdas, desde o exorcismo, até a clínica de recuperação. Vi Psicólogos dizendo em blogs que faziam o trabalho de ACEITAÇÃO da homossexualidade... COMO ASSIM?????? ACEITAR O QUE EU NÃO QUERO ACEITAR???? CADÊ MEU LIVRE ARBÍTRIO? Em um desses sites resolvi pesquisar a fundo o profissional Psicologo que estava dizendo aquilo, e advinha a orientação sexual dele: HOMOSSEXUAL. Sinceramente, uma PUTA SACANAGEM! Imagina quantas pessoas passaram pela mão desse indivíduo, e não tiveram a opção de NÃO ACEITAR, visto que o lema dele era: SAIA DO ARMÁRIO. Juntando essas informações com a péssima experiência que tive na adolescência com uma Psicologa, comecei a desanimar de procurar um... 
Minha deprê tinha me feito desanimar de tudo, trabalho, sexo, amor e etc... Comecei a ficar no vermelho financeiramente e então, em um dos locais que eu trabalhava, disse a minha superior que estava depressivo e muito mal. Ela disse: VÁ A UM PSICÓLOGO que eu conheço, ela resolverá seu problema. Eu já nem acreditava mais, e juntando ao fato de estar ficando no vermelho, disse que não tinha condições naquele momento de arcar com custos. Essa superior, tomou a frente, ligou para essa conhecida dela, que aceitou o caso, fazendo uma troca de serviços. BINGO!  Já marcamos para o dia seguinte, pois meus dias estavam escuros e enegrecidos, sem graça, desmotivantes, e com um aperto no peito ferrado. Chorava MUITO nessa época, nada estava bom... DEPRESSÃO DOS INFERNOS! Você que está passando por isso, FORÇA, há uma luz no fim do túnel.

Na primeira consulta fui armado até os dentes (pensa, estava mal, depressivo, e fui armado com argumentos para tentar desmascarar o pisocologo..rs.. Já estava indo era para loucura mesmo, só pode..rs.. Brincadeiras a parte, já estava na verdade imunizado pelo que li, sobre o tal processo de ACEITAÇÃO). Para minha surpresa, ela disse que já tinha atendido vários casos iguais ao meu, e com grande parte hoje heterossexuais. JÁ DESARMEI na hora! 

Eu perguntei para essa Psicologa, mas e o tal processo de aceitação, daí ela me explicou, que o profissional ético, não trabalha com aceitação de nada, trabalha com o desejo do que o PACIENTE quer! Nossa, como fiquei aliviado e cheio de esperanças. Eu não conhecia ninguém que tivesse migrado para heterossexualidade, porém conhecia as pencas quem tinha migrado para homossexualidade. 

Dali para frente, o trabalho medicamentoso feito pela psiquiatria, junto com o suporte psicológico, feito por um psicólogo e minha ENORME sede de ser heterossexual, me levaram, enfim, ao homossexualismo... Nos próximos posts, vou contar detalhes de como foi esse período, pois obviamente, não foi fácil, tampouco rápido... Porem os resultados na diminuição da depressão começaram a aparecer, vi uma luz no fim do túnel, meu entusiasmo e ânimos voltaram a aparecer, enfim, um novo caminho começava a ser traçado.




A DECISÃO DE MUDAR



Depois dessa odisséia vivida, e resumidamente aqui contada nos tópicos postados anteriormente (caso não tenha lido, sugiro ler para entenderes o processo todo), uma depressão "brava" me pegou. Uma crise existencial muito grande, onde só enxergava perguntas e não via respostas.

Nunca fui de me deixar levar por qualquer argumento. As vezes eu usava a conveniência de um argumento fraco lançado para me beneficiar de alguma forma, agora INTERNAMENTE nao me dobrava respostas rasas e superficiais.

Sobre sexualidade, como comentei em outra postagem, as informações eram muito fracas e superficiais na internet. Os meus amigos gays que tinham CERTEZA das respostas, nunca subsidiaram informações científicas sobre o assunto, sempre ficavam no campo do EU ACHO... Achar tanta gente acha, agora eu queria era certezas... Como eu estava depressivo, fiquei trancado em casa semanas, ficava só dentro do meu quarto, e que bom que consegui pelo menos pesquisar sobre o assunto. Eu precisava só ter a informação processual de alguém que conseguiu, e então eu encontrei um livro na internet, chamado: COMPREENDER Y SANAR LA HOMOSSEXUALIDAD (AUTOR: RICHARD COHEN). Em outros momentos de pequenas crises que já tive após ter minhas primeiras experiências homoafetivas, vi comentários desse livro em sites, porém, não encontrava para comprar, nem para baixar, e via muita revolta de gays contra o autor do livro. Porém, graças ao bom Deus, eu consegui ele em um site no exterior, em pdf. Inclusive no site dizia que o livro tinha sido boicotado em vários países por motivar preconceito. Como quem vai na cabeça de outros é PIOLHO, eu resolvi ler para tirar minhas próprias conclusões, e sinceramente, NÃO TEM NADA A VER COM PRECONCEITO...

Veja esse vídeo:



Sugiro a todos que estão buscando traçar o caminho de volta a heterossexualidade, ou que pretendem entender um pouco mais desse processo, que leiam esse livro, depois vou fazer minha análise sobre ele e dar meu ponto de vista, porém, é importante que você leia e tenha A SUA análise!

Alguns sites me ajudaram MUITO. Alguns deles davam tons religiosos, e embora eu tenha minha religião, achava que o processo em grande parte era PSICOFISIOLÓGICO, e de fato é PSICOFISIOLÓGICO! Estudei muito para poder entender o processo COMPORTAMENTAL que influencia na fisiologia.

Alguns dos sites que supra citei estão nos sites que eu indico e os links estão a seguir:

http://eunaoquerosergay.blogspot.com.br/  

http://www.oexgay.com/

Ainda estou apanhando aqui no blog, e não se se vou conseguir colocar o link do PDF, mas vou pensar em alguma forma ara disponibilizar esse livro. Mas não deixe de ler!

Depois de muito ler, estudar, perguntar a profissionais, literalmente PESQUISAR, vi que era possível mudar, com respaldo cientifico-profissional, Então tomei minha decisão: DECIDI MUDAR!  Embora alguns amigos sabiam e TODOS eles inicialmente foram contra, disseram ISSO NÃO EXISTE, NASCEU ASSIM, MORRERÁ ASSIM! VOCÊ VAI SE FRUSTAR POR NAO CONSEGUIR; ... e foi literalmente como na foto que postei no inicio desse post, dei um SALTO...



sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

ACEITAÇÃO OU IMPOSIÇÃO?


Embora eu não tenha descrito nos outros posts, que é uma sequencia para entender de forma breve minha trajetória, sempre analisava as situações e ficava chateado (horas mais chateado, horas menos cheteado), com pensamentos de NÃO QUERO SER GAY. Embora fossem bons os momentos com os amigos, fossem boas as festas, e tantas outras coisas, no fundo eu não queria. Sempre vi muito preconceito, mas NUNCA presenciei algo relativo a esse fato pelo menos não comigo e nem com o grupo de amigos gays que andávamos. Porém, no fundo não era aquilo que queria para mim.

Era interessante, como esse assunto sempre surgia entre as pessoas que conviviam comigo (amigos) ou em conversas aleatórias em praias ou locais que outras pessoas gays ou heteros que estavam comigo (praia, bar, restaurante, enfim). SER GAY É QUESTÃO DE ESCOLHA? SER GAY É GENÉTICA? É PREDISPOSIÇÃO DIVINA? Entre outras questões... Era batata! toda vez a conclusão era próximo a "Se fosse questão de escolha, eu não escolheria ser gay, mas não é!"... Era uma questão clara de ACEITAÇÃO da própria sexualidade. Eu aceitava aquilo ali na hora, inclusive por ser mais conveniente e por "doer" menos, porém, no fundo eu ficava inquieto... As respostas aos questionamentos eram sempre tão superficiais: você por que nasceu assim; você é por que Deus quer; Você é por que é genético, e cadê as provas? Embora dizer que ser gay não era opção, pois cada um nasce gay ou nao, isso não era o que meu coração acreditava, porém era o que meu coração queria "ouvir" para "doer" menos... Porém, Virava e mexia eu ia atrás de informações em livros e internet, buscando entender a origem da homossexualidade, como identificar, e etc, mas sempre as informações era fracas e vagas... Eu via um depoimento aqui, outro ali, sem muitas histórias a mais, e das poucas histórias, muitas eram relacionadas a igreja e a conversão de determinadas religiões, mas nada cientifico, nada comprovado...

Sempre muito POLÊMICO esses assuntos... Inclusive a "CURA GAY", projeto de lei brasileira de alguns pastores, foi uma bomba. Esse termo CURA GAY me agrediu muito, mas após ter digerido, resolvi tentar entender o que era pretendido, e não era CURAR ninguém, e sim oportunizar mudanças para QUEM QUISESSE... Mas a comunidade GLBT e outros ativistas não entenderam assim, e virou o que virou. Acredito que foi muito infeliz o termo CURA GAY, porém, a essência do que foi proposto era salutar.

Porém, alguém falar de algo que é o que vivemos o dia-a-dia, que é o que somos, realmente é desconfortável, e embora não esteja de acordo com a postura dos ativistas, eu entendo a desconforto... Porém, todos tinham que perceber que haverá opiniões diferentes, escolhas diferentes, e o respeito deveria ser a máximo entre todos, e sabemos que infelizmente não é. Relaciono muito esse fato ao filme X-MEN, acho que o CONFRONTO FINAL, onde encontra-se a cura para os mutantes, onde  muitos querem ser curados, pois não querem mais viver uma vida escondido, acuado, e outros não querem, porém, querem gerar uma guerra para que ninguém seja curado. É muito próximo a nossa realidade...

Vou sugerir inclusive uma dinâmica. Assista o filme, e se coloque do lado de quem quer ser curado, e veja as dificuldades desse grupo. Depois assista novamente, e se coloque do lado de quem NÃO quer ser curado e veja como eles agem. Após essas 2 situações, veja como ocorre na realidade, e veja se é muito diferente...Só quero te fazer PENSAR... ANALISAR... e não engolir algo goela abaixo...

Então comecei a observar o comportamento dos gays (amigos ou mesmo da comunidade gay em geral) em relação ao fato de alguém nao querer ser gay, ou alguém ter deixado de ser... ou ter uma opinião diferente ao que a maioria dos gays tem... e notei o quanto os próprios gays também são preconceituosos. Sem lógica né!? Mas observem para verem: Se tu disser que não quer mais ser gay, veja o que em geral vão falar: tu nao vai conseguir; tu é biba e pronto; você está renegando os gays; você está querendo aparecer; e por aí vai, insluve vivi MUITO isso, e depois descreverei com mais informações. Era tão escancarado esse preconceito, que eu notava que os gays mais masculos (barbies), não gostavam dos efeminados; ou das travestis; enfim, eu via MUITO esse PRECONCEITO. Um grupo que se diz tão martirizado e que sofre tanto preconceito como dizem, eram os que menos deveria apresentar preconceito (pelo menos era o que eu pensava). Essa vídeo abaixo, representa bem isso que estou falando... Essa Trans não pode nem ter seu ponto de vista, que já foi perseguida e ameçada... Vale a pena dar uma olhada no vídeo!



Há, parece, que uma corrente que quer gerar a aceitação sem reflexão nas pessoas, e isso, meu querido(a), tem grande possibilidade de te aprisionar a uma aceitação de certa forma FORÇADA. Ser ou não ser, eis a questão! porém a questão que é VOCÊ que tem que definir, e não a comunidade GLBT, ou seus amigos gays, ou seus pais, ou ninguém, se tu for ou não, é uma questão INDIVIDUAL, ou seja, uma questão tua! Não aceite os outros te definirem, difina-se!

COMO AS COISAS SE DESENROLARAM ENTÃO...

Quando entrei na faculdade, estava solteiro, porém vivendo como o velho ditado "solteiro sim, sozinho nunca". Toda semana praticamente eu ia para o batepapo virtual, e lá encontrava algum parceiro para encontros rápidos e sem maiores afetos. Era até estranho como era "sexual" e sem envolvimento. Nessa altura do campeonato, eu já nem fazia muita questão de conquistas garotas, afinal, era tão mais fácil com garotos, era só marcar pela net, mandar uma foto ou abrir a cam e mostrar o corpo e marcar o local. No segundo ano de faculdade, conheci pela internet, um cara mais velho, bem interessante, que tinha um histórico denso com as mulheres, estilo pegador geral de micaretas. E com esse cara desenvolvi um relacionamento longo, quase um casamento. Com ele conheci gnrade parte do mundo gay. A "level", para quem não conheceu, precedeu a boate gay The Week em SP, depois veio a The week, onde também sempre ia,  as festas X-dement e bitch, no RJ dentre vários outros points.

Caraca, as músicas dessas festas eram iradas, para quem gosta, como eu, era muito top, porém, com essas festas e "novos amigos" que íamos fazendo pelas baladas a fora, também íamos conhecendo os "aditivos", que eram usados: as drogas. Graças a Deus ponderei muito e só fiz uso de algumas drogas um pouco mais tranquilas como ecstasy, key e parecidos, porém, a galera usava muita coisa, pó entre outras. Nessas festas, ao longo do tempo, as pessoas iam se transformando, e a coisa sempre esquentava nas festas, não comigo pois estava sempre acompanhado, mas os hormonios ficavam a todo vapor, e eu via de tudo rolando nessas festas, literalmente tudo.

Era até engraçado, por exemplo, um casal, que estava juntos, que pelo menos um estava flertando com outro..rs.. e quando não os 2 flertando visando sexo a 3 ou grupal. Isso era muito comum e escancarado (não estou julgando se certo ou nao, só estou comentando o que via).

Sempre nas boates tinha um quarto escuro, conhecido como darkroom, onde as pessoas iam para transar. Local perigoso, pois sexo rolava ali muito comumente sem camisinha. Conhecemos certa vez um guri que falou que adorava darkroom, e nos contou que seus amigos também, e transavam ali sem camisinha. Lembro também de uma festa chamada THE GIFT, onde o objetivo era a transa "bareback" ou "bare", que representa sem camisinha, onde portadores de HIV transavam com não portadores, visando transmissão do "gift" ou "presente" em ingles. Louco não!?

Conheci gente de todo tipo, porém, amizade mesmo foram pouquíssimas! Sem diferença nenhuma para o mundo hétero, aliás, as únicas coisas que achei muito mais aguçadas no mundo gay, foram os interesseiros e fura olhos..rs.. Aff, Como encontramos aproveitadores e interesseiros nessa jornada.

Após longos anos namorando, e já pensando em evoluir no relacionamento, descobri que era traído desde o início do relacionamento (meu relacionamento durou de 3 a 4 anos). Fiquei chateado, mas coloquei um ponto final.

Finalizando esse período de comprometimento, pelo menos da minha parte hehehe caí na "margaça" vulgo "farra"... viagens, festas, pegações, e etc. Comecei a ter um vicio sexual insaciável! Era um macho quase todo dia. Eu dividia meus pensamentos: 50% era sexo, e os outros 50% dividia entre trabalho, estudos, familia e etc. Respirava e exalava sexo, nesse época só me interessava por homens. Parece até que era uma competição comigo mesmo. Eu queria os melhores, os mais dotados, os mais bundudos, enfim, o comum não era troféu para mim. Comecei a evoluir para putarias mais densas, com 2, 3, 4 homens juntos. Nessa época, começaram a lançar os programas virtuais de encontros gays, onde você se cadastrava, pagava lá um valor, colocava a foto, construia um perfil e pela internet as pessoas iam deixando comentários e marcávamos ou não encontros, putz, ali comecei a piorar. Já não tinha mais sossego, pois eu queria sexo toda hora. Lembro que as viagens que fazia, independente com quem, eu tinha que dar um jeito de ir aprontar. Quando ia para praia, e ficava sem local, marcava na praia mesmo a noite, ou no mato, ou na carro, não me importava, eu queria era aprontar.

Até aqui, acredito que era parecido com muitos, pois vários conhecidos tinham comportamentos iguais aos meus. Perdia muito tempo na caça de machos para sexo. Acho que eu era pior que a bruna surfistinha, a única diferença é que eu não cobrava...rs...

Tentei me relacionar ainda com algumas pessoas, mas os relacionamentos não iam muito para frente.

Desenvolvi "desejos" perigosos, como sexo em locais públicos (hoje ainda tenho medo de ter sido gravado em uma dessas aventuras, pois eu mesmo já gravei algumas escondidas, sei que é errado, porém, eu já fiz isso... e acreditem, os meus parceiros NUNCA desconfiaram, cheguei a fazer vídeos escondidos até dentro do motel com celulares com câmeras: atletas, casados, gente famosa como cantores e atores, pessoas influentes, enfim, gravei um tanto considerável, por isso quase nunca eu ia ao encontro de alguém, ou era no meu local ou era em local publico, pois realmente, essa prática de gravar é fácil e perigosa para quem precisa de sigilo). E como esse desejo citado, outros vieram, como o de sair com indivíduos mega dotados, parece que queria sair literalmente machucado, antes de encontrar era desejo, durante o encontro, parecia que eu queria era ser punido, agredido, estuprado, porra, nem sei que loucura era essa, muitíssimo estranho. Diversas vezes tive lesões na região retal, em função desses parceiros avantajados. Muitas vezes fui obrigado a ir a colo-proctologistas para algum procedimento. Caraca, isso não era saudável! Certa vez fui proibido de fazer passivo por uns 5 meses em função de uma dessas lesões (machuado profundo). Mas mesmo assim, nada me saciava, cheguei a transar com 4 pessoas diferentes no transcorrer de um dia, ejaculando em todas os encontros, e mesmo assim não ficava saciado. Eram pênis cada vez maiores e também não me saciava. Então, de maneira muito perigosa, comecei a ficar atraído por sexo sem proteção. LOUCO! acho que essa era a definição que me daria nessa fase.

Comecei deixando encostar o pênis sem camisinha em mim e nas minhas partes intimas; tempos depois, e com outras pessoas (a fila andava MUITO rápido como já expliquei, era todo dia um "prato" novo) deixava penetrar sem camisinha, tempos depois e já com outros, deixava penetrar e movimentar algum tempo, para depois por a camisinha. Enfim, uma loucura desmedida. Como a cabeça da gente pode ser perigosa né!? deixar nos expor a riscos como esses que me submeti VOLUNTARIAMENTE...  E quanta sorte eu tive de não ter contraído nada, pois vivi situações claramente perigosas)... Uma dessas situações perigosas que me marcou, foi com um cara em SP, que conheci em um programinha de celular de encontro gay, que mostra a distância que a pessoa está de você. Marcamos e esse cara foi para onde eu estava, e o cara tinha o perfil que eu "desejava" em tudo. Durante o sexo oral dele em mim, tive um pressentimento, e quando olhei, a boca dele estava sangrando, logo lavamos, e foi muito complicado a desconfortável a situação. Não posso afirmar, mas parece que o cara estava querendo me sacanear... Fora outras vezes que percebi que o cara tinha alguma doença visível (pelo menos nesses casos eu broxava e mudava a tática... AINDA BEM)!

Até que um dia eu conheci um advogado, cara educadissimo, inteligente, bonito, sarado, bem sucedido e SUPER SEDUTOR E CHARMOSO. Em geral, eu queria era quantidade, e estava pouco me lixando para o conjunto de qualidades dele. Eu era terrível, até ator global eu peguei hehehe No entanto, e não sei por que, aceitei o convite dele de sair de novo, e de novo, e aí meu caro(a), fiquei vidrado no mulekão lá... e sexo sem camisinha rolava até a ejaculação. Nessa época surtei com tudo, a preocupação de estar doente e ter passado para ele, e muitas outras preocupações. Fiz exame e deu negativo para HIV.  Mesmo estando com ele, e transando sem camisinha, e após ter feito exame e ter dado negativo, ainda me aventurei a sair com um ninfeto de 18 anos, eu ja era bem mais velho que ele. Ele era tão inexperiente, e eu acabei transando com esse muleque de cara sem camisinha, ele não ejaculou. Isso na minha cabeça deu um nó. Eu com o advogado,. transando sem caminha, e encontrando gente da internet, e transando sem camisinha... Nossa, como fiquei mal, e acho que pelo excesso de pensamentos do momento, e também das insatisfações que eu tinha com o mundo homossexual, de querer ter mulher, filho, poder sair e namorar de mãos dadas sem ninguém para encher o saco e ficar discriminando, eu caí em uma depressão lascada. A MAIOR CRISE QUE JÁ TIVE NA VIDA...



quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

MEU DIÁRIO - ADOLESCÊNCIA


Essa já foi uma fase mais complicada. Como a maioria dos adolescentes, eu era bem chatinho...

A adolescência é uma fase que há a diferenciação mais acentuada entre os generos feminino e masculino. O garoto fica mais fortinho e garota mais torneada. As brincadeiras passam a ser mais pesadas e agressivas e aí comecei a evitar as brincadeiras com os garotos. Lembro que tomei uma bolada na cara que quase quebrei o nariz hehehe... e depois disso, parei de jogar. Comecei a me interessar mais pelas garotas, ficava atraido pelo charme e beleza (nada sexual ainda) e pelo papo, que costumava ser mais inteligente hehehe

Minha voz era muito fina e juntando ao fato de eu andar muito com as meninas, logo virei motivo de brincadeirinhas (de muito mal gosto né), me chamavam de mulherzinha, o gayzinho, e coisas do genero. SEMPRE levei na esportiva, desde a época que isso começou a acontecer (inicio da adolescência), porém, aquilo me detonava. Eu era mais meigo, atencioso, inteligente, caracteristicas muito comuns nas meninas. FOI MUITO COMPLICADO ESSA PARTE... Nunca me agrediram, ou pegaram pesado de mais, porém, me machucava aquelas brincadeiras. Tinha as garotas que eu curtia e queria algo, mas eu fiquei MUITO FEIO na adolescência, e claro, pegava nem gripe..rs.. Na igreja sim, eu peguei várias hehehe e por incrível que possa ser, foi com as gurias da igreja que aprontei..rs..

Ainda no inicio da adolescência, comecei a ganhar um corpo de adolescente, e engordei um pouco, e minha bunda sempre foi mais avantajada e chamava muita a atenção. Nessa época lembro de um vizinho de uns 30 anos sempre falar da minha bunda e da minha perna, no tom de brincadeira, mas sempre falava, e na frente dos meus amigos (eu devia ter uns 11 a 12 anos). Eu era virgem, nem de sexo sabia muito, pois o povo na minha casa era religioso e não conversava muito sobre. E isso inclusive talvez tenha me afastado do grupinho de vizinhos adolescentes que se reuniam para ver revista pornô. Uma vez fui no encontro secreto deles, e eles estavam vendo, eu fiquei SUPER curioso. Eles falavam de sexo e sequer sabia onde era o "buraco" , inclusive soltei essa ingênua pergunta, e imagina quanta chacota levei... Hoje eu sorrio, mas na época fiquei bem sem graça. Esse vizinho nao perdia a oportunidade de pegar na minha perna ou bunda "brincando". E eu comecei a ficar instigado com aquilo e fazia questão de colocar short de jogar futebol bem curto para ir brincar na rua, onde sabia que ele sempre estava ou passava. Alguns meses depois, eu até fui lá na casa dele buscar uma bola, com um amigo, mas não entrei na casa, só no quintal. O carinha que estava lá falava, entra lá pra ele te mostrar um coisa... e eu com receio, nao entrei, claro...Até hoje nao sei qual era a dele, se era brincadeira, ou se ele queria era "brincar" comigo. Os guris sempre falavam do troca-troca que rolava entre eles hehehe, e eu nunca participei desses bacanais deles. E ficava era com uma espécie de medo... Eles ficavam nessa putaria lá, ou brincando, e eu ficava conversando e tentando conquistas umas vizinhas que moravam na rua de baixo, mas nao dava em nada, só um beijinhos... mas lembro que eu preferia estar com elas, do que com eles brincando por exemplo...

Aos 13 anos conheci um guri na igreja, corpo definido e já bem musculoso para idade, muito bonito por sinal, e as meninas começavam a expressar vontades de "ficar", vulgar "beijar na boca" na época. Eu era fã de uma guria que era fã dele, e eu era amigão dela. Logo eles ficaram algum tempo depois. E então, eu comecei a me aproximar desse guri, até chegar ao ponto de eu começar a frequentar a casa dele e ele a minha. Nas brincadeiras de adolescentes homens, sempre rola a lutinha, e ficávamos lutando, e essa brincadeira nos deixava excitados. Claro, no esfrega esfrega tanto com homem quanto com mulher a barraca ficaria armada..rs.. Certo dia meus pais viajaram e esse guri foi para minha casa, e após uma brincadeira dessa, rolou "sexo". Ele já era bem experiente e eu pouco, ainda mais para assuntos homossexuais. Ele me guiou e eu fui ativo com ele, e ele tentou por tudo me fazer de passivo, inclusive me machucando. Após ele ter ido embora, meu dia enegreceu. Me bateu uma deprê ferrada, nao chorei mas fiquei muito para baixo. Dias após, foi como nada tivesse ocorrido. Após uns 2 meses virou vicio, quase todo dia ele estava na minha casa ou eu na dele. E enquanto ele não me fez de passivo ele não quietou. Após o dia que ele conseguiu, ele nunca mais me deixou ser ativo com ele, eu era somente o passivo. Essa brincadeira durou anos, e nesse intervalo, eu namorava com garotas, mas sempre tínhamos uns pegas.

E foi assim que começaram minhas praticas sexuais homoafetivas. Engraçado que nós nunca nos beijávamos. Nesse mesmo periodo de descobertas, lembro que comecei a ser perseguido por um desses tarados pedófilos de ônibus, devia ter uns 13 a 14 anos, e esse filho da puta, me perseguiu por muito tempo, anos! Inicialmente começou com encostadas no onibus o qual pegava para ir para escola. Não era todo dia que ele estava, e eu fugia sempre, ao longo com que fui tendo essas descobertas com meu amigo, esse tarado ia me "assediando" no onibus. Chegou ao ponto de eu ter que chamar meu pai para me levar ao parada de onibus, pois certa vez ele tinha descido e ficou me esperando na parada... Isso bem cedinho, pois eu estava pela manha. Comecei a pegar outra linha, para fugir dessas situações. Muitos meses depois, e depois de eu já ter tido a experiencia com meu amigo, esse cara me aparece no onibus, e foi me assediar como ele fazia antes, no entanto, diferente dos outros momentos que eu fugia, eu fiquei e ali o esfrega esfrega foi permitido e livre, isso já era no fim do ano, ultimas aulas e depois nunca mais vi ele.

Na minha adolescência as viagens do meu pai continuaram e eu com o mesmo comportamento de ir para o quarto da minha mae, morrendo de pena da solidão dela. Tomando as dores, sendo a "amiga" que ele precisava. Não tive muita figura do pai presente, e tudo isso acontecendo em paralelo...

Comecei a focar nos estudos (sempre gostei de estudar), por mais dificuldades financeiras que minha família já teve, estudos foram priorizados para os filhos, mesmo que em escola pública. No final do colegial, lá pelo antigo segundo ou  terceiro ano, eu tinha namorada, e ainda brincava com meu amigo, porém, já estavamos tendo crises existenciais sobre o assunto, pois ele também tinha namorada e não achávamos certo fazer isso com elas, até que decidimos nao fazer mais. Cerca de um ano depois, comecei a ter fortes desejos homossexuais, e a internet já estava mais popularizada na epoca. Descobri então o batepapo, meio fácil para sexo sem muita enrolação. Não precisava nem de CAM, era só entrar, teclar e marcar. Aos 17 anos, marquei com um cara da internet pela primeira vez. Ele me encontrou, ele era bem charmoso e bonitao, me levou para um hotel e lá rolou. Detalhe para esse fato comentado, é que ele me buscou no meu trabalho a noite, fomos, e lá nesse hotel, rolou o primeiro beijo homo (ele disse na época que se eu nao beijasse nao rolaria nada, então na minah visão na época, eu estava na chuva era para molhar). A partir daí foram vários internautas, em paralelo ao meu namoro.

Nessa época as confusões na minha cabeça eram enormes, e como estava relativamente próximo ao vestibular, uma professora me indicou uma psicóloga para fazer meu teste vocacional (QUE DEU CERTINHO COM A PROFISSÃO QUE HOJE TENHO..RS..), após o teste ser concluido em algumas sessões, resolvi continuar para a parte clínica, e lá abri o jogo. Porém, a condução dessa parte pela psicóloga foi HORRÍVEL... Aconteceu de eu começar a broxar com minha namorada, mas não com os rapazes que eu saia. Eu estava super mal por essas broxadas. Então a Psicóloga disse, resumidamente, para eu pegar uma puta (e olha que eu estava namorando heim heheh), eu nunca tinha pegado uma puta, e achava um absurdo aquilo (não fui criado neste contexto de putarias, aliás, acho que fui criado de forma bem delicada, o que pode ter contribuido para que eu me atraisse por homens, por machos...). Então como não entrava na minha cabeça pegar uma puta para testar minha virilidade, e eu não queria me envergonhar mais broxando com minha namorada (e nem com mulher nenhuma) resolvi terminar meu namoro de que já tinha um bom tempo.Em seguida passei no vestibular e novas experiências viriam...

E dessa forma fechou o que considero de adolescência...

MEU DIÁRIO - INFÂNCIA


Minha infância foi muito boa e tranquila, diferente de tantas que são marcadas por assédios, violência, tristeza. Lembro que brincava e me divertia pacas! A única coisa diferente que me lembro da minha infância, está relacionado a uma vizinha, que era uns 6 anos mais velha que eu, ela devia ter uns 9 a 10 anos e eu uns 3 a 4. Lembro que ela tirou minha cueca, e também a calcinha dela, e ficou manipulando meu pênis, porém, coisa muito rápida e não lembro de maiores detalhes, pois eu era muito pequeno. Não me causa nada falar desse fato, porém, foi uma coisa que ficou na minha memória. Na escola, lembro que brincava com todos, meninos e meninas, sem problemas e "bullyings", na verdade, nem existia esse termo naquela época..rs..

Ainda nesse período, acredito que por volta da Primeira série, após a pré-alfabetização, lembro de uma colega, um guria com algum disturbio mental leve, mas que ficava sempre à parte e tinha alguns comportamentos estranhos, como o de comer meleca do nariz. Interessantemente ali já havia "guetos" formados: as patricinhas, os arteiros; os mauricinhos e etc, e essa guria sempre a parte de tudo, tentava se envolver, mas ninguém dava muita moral. Em determinado dia, essa guria foi com um vestidinho e na hora do lanche, ela sentou encosta da na parede para lanchar e o meu grupinho ficou observando ela de frente, mas do outro lado do pátio (que nao era grande), e ela estava sem calcinha. Eles comentavam e riam entre eles (e eu ao lado deles) de forma bem maldosa, embora com nenhuma denotação sexual. Aquilo me deixou mal, fiquei triste por eles estarem fazendo aquilo com ela.

Os anos foram passando e eu crescendo com minhas namoradinhas na maior inocência. Lembro até hoje do nome da minha primeira namoradinha que dançou comigo a quadrilha da escola..rs..Meu pai foi muito ausente parte da minha infância e parte da minha adolescência, pois ele viajava muito a trabalho. E obvio, que embora minha mae entendesse, ficava triste com as viagens dele, ficar só cuidando de mim e dos meus irmaos. Eu sou o "caçula" da minha casa. Na minha cabeça, se eu fosse dormir no quarto dela, ela não ficaria triste com a viagem do meu pai. Toda vez que ele viajava eu ia para o quarto dela fazer companhia, puxando meu colchaozinho. Lembro de gostar das roupas da minha mãe, de brincar com o sapato alto dela (calçar e ir pisando fazendo toc toc toc toc..rs..). Achava o batom legal e as vezes brincava de pintar a boca e coisas que muitos já devem ter feito. Eu era MUITO arteiro! botei fogo na cama dos meus pais sem querer, cai de cabeça no meio fio de uma arvore que subi, enfim, daí dá para tirar o pestinha que eu fui né!? rs... ah, também brincava de carrinho e futebol, esportes de homem né, porém, também achava legal brincar de casinha e boneca com as garotinhas (isso mais novo na infância,  partindo da informação que a infância termina aos 12 anos, segundo o estatuto da criança e da adolescência do Brasil).

Desde pequeno sonhava em ter família, filhos, esposa e etc, e ao longo da minha trajetória, esse desejo nunca sumiu, as vezes diminuía, mas sumir, nunca....


Não fui uma criança cheia de traumas, embora eu saiba que existam muitas, inclusive, talvez você que esteja lendo, tenha sofrido violência física, sexual, psicológica e etc. Caso seja esse o caso, eu lamento muito! Sei que não é fácil, mas você consegue superar! É como diz uma velha amiga, o passado passou, e lá no passado deve ficar!


APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVAS


Primeiramente gostaria de fazer uma breve apresentação e justificar algumas questões.
Vou me apresentar como "Wladmir",  tenho 31 anos, sou brasileiro, atualmente casado com uma mulher extraordinária, pai de um guri lindo, e muito feliz.


Obviamente não irei dizer nome real e localidade, para resguardar principalmente minha família, visto que sabemos que esse tema gera polêmica, pelo fato de muitos entenderem a postura de "NÃO QUERER SER", com a de "SER PRECONCEITUOSO", o que são duas coisas diferentes! Sinceramente, não acho que ser ou não ser te desmereça em NADA enquanto ser, visto que é nossa essência que demanda o ser grandioso que somos. Amor é amor seja entre hetero ou homo, e ponto final! Porém, fiz minha escolha de não ser gay e segui esse caminho.

Neste blog, falarei de minhas experiências, estudos, frustrações, dificuldades, sentimentos, e mostrarei o caminho que fiz, desde o momento das descobertas "homoafetivas" ao retorno das experiências "heteroafetivas".

Estou com o projeto de ter esse blog tem um tempo considerável, e como início de ano, geralmente são momentos de planejar e implementar novas ações, resolvi faze-lo. Será um blog simples, pois não "manjo" muito. Não passarei meu contato, mesmo que de e-mail, devido a grande correria do dia-a-dia, mas espero que esses poucos textos que aqui postarei possam ser úteis a alguém.

Acredite prezado(a), especificamente nesse assunto, ser ou não ser, é uma decisão sua, e de mais ninguém!